Empresas consolidadas: a porta de entrada para os iniciantes
Os pequenos investidores ou iniciantes, que buscam em suas primeiras experiências na Bolsa retornos consistentes e sem grandes oscilações, podem começar por um caminho mais óbvio, porém bastante recomendado: investir em empresas consolidadas.

Contemplando esses quatro quesitos, que formam a consolidação dessas companhias, use nossas sugestões de carteiras onde usamos as melhores ações em tempo real.
Vale a pena olhar para dividendos?
Os dividendos são parcelas do lucro das empresas pagas aos seus acionistas. Para uma estratégia conservadora, os dividendos podem ser ótimos recursos para ajudar a aumentar o patrimônio de forma mais rápida. No entanto, para o pequeno investidor e iniciante, não dá para pautar uma estratégia só por dividendos por causa da imprevisibilidade de quando as empresas vão pagar.
Cada empresa tem uma estratégia. Há anos em que ela pode pagar 100% dos seus lucros ou apenas 25%, que é o mínimo obrigatório. E essas formas de pagamento podem variar, então nem sempre é vantajoso a ponto de olhar só para isso.
Por esse motivo, é bom acompanhar uma vez a cada 15 dias ou uma vez por mês a sua carteira. Esse tipo de notícia de pagamento de dividendos pode ser crucial na hora de decidir sobre comprar uma ação.
E tem perfis de investidores que nem sempre se adequam aos dividendos. Geralmente, as companhias que pagam dividendos já têm uma operação mais consolidada. E, além disso, esse tipo de empresa costuma ser menos volátil.
Isso significa que o seu desempenho apresentará poucas vezes grandes oscilações. No entanto, considerando que há muitas pessoas procurando estratégias conservadoras para investir na Bolsa, buscar empresas que pagam dividendos pode ser um bom caminho para alavancar os ganhos.
Isso pode acontecer porque é possível reinvestir os dividendos e aproveitar a lógica dos juros compostos. Isto é, você estará recebendo juros sobre juros, potencializando os seus ganhos.
Reinvestir dividendos pode ajudar na construção do patrimônio
Portanto, esses juros serão sempre acrescidos ao montante total acumulado com os juros passados. É uma ferramenta extremamente interessante para acumular patrimônio. E os dividendos entram na jogada justamente quando você tem a oportunidade de reinvesti-los.
Reinvestir os dividendos comprando novas ações é uma forma de adquirir cada vez mais participação nas empresas. De forma geral, é uma estratégia assertiva para quem olha a longo prazo.
- Na INSIDERS, é possível acompanhar a carteira de dividendos feita pelos analistas especializados. Dessa forma, fica um pouco mais fácil de identificar quais papéis pagarão dividendos e qual será a recorrência. Confira a carteira TOP Dividendos.
Aportes mensais são altamente recomendados
“Eu acho que, na verdade, investir um pouco todos os meses é a melhor estratégia. Ao fazer aportes recorrentes você não sabe quando é o fundo ou quando é o topo do mercado”, explica o especialista em Renda Variável do Grupo INSIDERS, Weldes Campos.
Mas o que isso significa?
Quer dizer que quando você opta por fazer aportes mensais você tende a eliminar aquela dúvida comum. Afinal, “será que estou comprando caro ou barato?”.
Essa pergunta é muito difícil de responder, pois não há como prever o movimento do mercado. No entanto, os aportes mensais acabam diluindo esse risco a longo prazo porque você terá, teoricamente, comprado tanto no ciclo de baixa como no ciclo de alta. Essa é uma forma de não perder oportunidades.
Aportes mensais podem maximizar ainda mais os ganhos
Se você julga que as empresas que você escolheu são boas oportunidades a longo prazo, talvez possa fazer aportes periódicos, somados à possível valorização da ação e ao pagamento de dividendos. Essa equação, caso esses três pontos consigam desempenhar bem, pode ser a chave para o acúmulo de patrimônio a longo prazo.
Contudo, é preciso avaliar muito bem antes de decidir fazer os aportes mensais. Se a empresa ou o setor em que ela está inserida caírem muito de rendimento, os aportes mensais podem não ser eficientes. E isso pode virar uma verdadeira dor de cabeça.
Quanto ao valor inicial e ao montante necessário para os aportes mensais, Weldes diz que depende muito de cada ação, pois cada uma tem o seu preço. O importante, sempre, é avaliar esses aportes com o custo de corretagem. Verifique se essa operação valerá a pena de acordo com os seus objetivos.
Lote padrão x Lote fracionário
Quando investimos em uma empresa na Bolsa, precisamos escolher quantas ações queremos aplicar. As empresas disponibilizam via lote padrão ou lote fracionário.
A primeira opção é a mais tradicional e vendida como um pacote fechado de no mínimo 100 ações. Portanto, se uma empresa está com a ação a R$ 10, o valor de entrada para investir no lote padrão é de R$ 1000. Caso você não tenha esse dinheiro, é possível comprar via lote fracionário, por unidade, de 1 a 99 ações.
No entanto, o ponto negativo de se investir no lote fracionário é a sua baixa liquidez. Ou seja, quando você compra nesse mercado por unidades a chance de comprar e vender a um bom preço é muito menor. Isso ocorre porque a oferta e a demanda do mercado fracionário é muito inferior e isso acaba afetando no preço da ação. É preciso pesar, caso a caso, os prós e os contras.
“Se a única opção for o fracionário, eu recomendo diversificar em 3, 4 ou 5 papéis para tentar compensar essa baixa liquidez com a possível valorização desses ativos”, diz Weldes. Segundo ele, os preços são muito distintos no fracionário. Portanto, sempre que for possível, é mais recomendado comprar o lote padrão.